A colheita da segunda safra de milho (safrinha) começou de forma lenta no Brasil. De acordo com a Safras & Mercado, apenas 0,6% da área havia sido colhida até a última semana, frente aos 4,3% registrados no mesmo período de 2024. A lentidão se deve às chuvas em diversas regiões, que reduziram o abastecimento e sustentaram os preços pontualmente no Sul e Sudeste.
Mesmo assim, o mercado apresentou recuos. A média nacional da saca ficou em R$ 64,92 no dia 12 de junho, queda de 1,81% frente à semana anterior. Em Cascavel (PR), o preço caiu 4,62%, de R$ 65 para R$ 62. Já em Rondonópolis (MT), a baixa foi de 1,79%, com a saca a R$ 55. Em contrapartida, Uberlândia (MG) e Erechim (RS) registraram altas pontuais de 1,47% e 1,45%, respectivamente.
A fraca demanda interna e a postura cautelosa dos compradores contribuem para manter o viés negativo no mercado. O ritmo de negociação está lento, com consumidores aguardando volumes maiores após o avanço da colheita.
No cenário internacional, o relatório de junho do USDA manteve a previsão de safra americana em 15,82 bilhões de bushels. Os estoques finais da safra 2025/26 foram reduzidos para 1,75 bilhão de bushels. Globalmente, a safra de milho foi revisada para cima, mas os estoques finais de 2024/25 e 2025/26 foram cortados, o que pode dar algum suporte futuro aos preços internacionais.