O mercado brasileiro de milho deve continuar apresentando negociações lentas e retraídas, refletindo o contexto internacional que traz sinais mistos para os preços da commodity. Nesta quarta-feira (4), o dólar operou em queda frente ao real enquanto a Bolsa de Chicago registrou alta, fatores que influenciaram as cotações no mercado doméstico.
Segundo o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o cenário permanece de pouca movimentação, com a colheita da safrinha ainda em ritmo reduzido e compradores buscando pressionar por preços menores. Com a moeda americana desvalorizada, os preços do milho voltam a ceder nos portos brasileiros.
No Porto de Santos, as cotações variam entre R$ 68,50 e R$ 71 por saca (CIF), enquanto no Porto de Paranaguá os preços ficam entre R$ 66,50 e R$ 70 por saca. No interior do país, as variações também são tímidas: no Paraná, a saca oscila entre R$ 60 e R$ 65 em Cascavel; em São Paulo, entre R$ 66 e R$ 68 na Mogiana; e em Campinas (CIF), entre R$ 70,50 e R$ 72.
Outras regiões como o Rio Grande do Sul apresentam preços de R$ 67 a R$ 69 por saca em Erechim; Minas Gerais registra valores entre R$ 66 e R$ 68 em Uberlândia; Goiás apresenta variação de R$ 64 a R$ 70 em Rio Verde (CIF); e no Mato Grosso a faixa está entre R$ 52 e R$ 56 por saca em Rondonópolis.
Na Bolsa de Chicago, os contratos para entrega em julho avançam 1,36%, cotados a US$ 4,44 1/2 por bushel, apoiados pelo bom desempenho do petróleo em Nova York e pela expectativa de uma reunião entre os presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respectivamente. Esse encontro ocorre poucos dias após Trump ter acusado a China de violar acordos comerciais.
No câmbio, o dólar comercial cai 0,28%, sendo negociado a R$ 5,6205, e o índice que mede o valor da moeda americana contra uma cesta de moedas globais (Dollar Index) apresenta leve desvalorização de 0,03%, aos 99,20 pontos.