Alta em Chicago e dólar forte impulsionam preços da soja no Brasil

Valorizações externas e câmbio favorável sustentam cotações no mercado interno; negócios avançam em várias regiões

- Da Redação, com Canal Rural
05/06/2025 08h31 - Atualizado há 1 dia
Alta em Chicago e dólar forte impulsionam preços da soja no Brasil
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja seguiu com preços firmes na quarta-feira (4), impulsionado por dois fatores principais: a leve alta do dólar e a valorização dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). De acordo com Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, essas variáveis foram determinantes para manter o mercado doméstico sustentado, mesmo com prêmios estáveis nos portos.
 

Nas principais praças do país, as cotações oscilaram entre estabilidade e pequenas altas. Em Passo Fundo (RS), o preço da saca manteve-se em R$ 130, enquanto em Santa Rosa (RS) continuou em R$ 131. Já em Cascavel (PR), houve alta de R$ 1, passando de R$ 125 para R$ 126. Em Paranaguá (PR), a saca subiu para R$ 134, mesma cotação de Rio Grande (RS).

No Centro-Oeste, os avanços também foram registrados. Rondonópolis (MT) passou de R$ 115,50 para R$ 116. Em Dourados (MS), a soja subiu para R$ 119,50, enquanto em Rio Verde (GO), a cotação foi a R$ 118,50.

No cenário internacional, os contratos da soja em grão encerraram o dia com leve alta em Chicago, dando sequência à recuperação técnica iniciada na véspera. A queda do dólar frente a outras moedas contribuiu para tornar os produtos agrícolas dos Estados Unidos mais competitivos. Além disso, expectativas sobre avanços em negociações comerciais com China e Vietnã também animaram os investidores.

Apesar do movimento positivo, os fundamentos do mercado ainda exercem pressão. O plantio nos Estados Unidos segue adiantado em relação à média histórica, e a ampla oferta brasileira continua sendo um fator de contenção. A demanda pela soja americana permanece limitada.

O contrato julho da soja fechou em Chicago com alta de 4,25 centavos (0,4%), a US$ 10,45 por bushel. A posição novembro subiu 4,50 centavos (0,43%), encerrando a US$ 10,38 ¾. No mercado de derivados, o farelo teve queda de US$ 2,60 (0,88%), para US$ 297,10 por tonelada, e o óleo manteve-se estável em 46,81 centavos de dólar por libra-peso.

Já o dólar comercial encerrou a sessão em leve alta de 0,12%, cotado a R$ 5,6440 para venda. A moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,6105 e a máxima de R$ 5,6525 ao longo do dia.

 

 

 


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