Brasil é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação

Novo status sanitário, oficializado na França, fortalece pecuária nacional e amplia acesso da carne brasileira a mercados exigentes

- Da Redação, com Canal Rural
29/05/2025 08h54 - Atualizado há 1 dia
Brasil é reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação
Foto: reprodução

O Brasil atingiu um marco histórico nesta quinta-feira (29): foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A declaração foi feita durante a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, na França, consolidando anos de esforços sanitários e abrindo novas oportunidades para as exportações brasileiras de carne.

 

A cerimônia contou com a presença de cerca de 90 representantes brasileiros, entre técnicos do Ministério da Agricultura e parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A comitiva foi liderada por Marcelo Moura, delegado da área animal do Mapa, que destacou os avanços obtidos pelo país no controle sanitário e no fortalecimento do serviço veterinário oficial.
 

Ao longo da quarta-feira (28), a delegação participou de reuniões técnicas na sede da OMSA, apresentando dados sobre vigilância sanitária, controle de doenças e boas práticas da pecuária nacional. A estratégia brasileira de eliminar gradualmente a vacinação contra a febre aftosa, mantendo rigorosos padrões de biossegurança, foi elogiada por representantes de outros países.
 

A senadora Tereza Cristina, vice-presidente da FPA, ressaltou que a certificação internacional representa um ganho de valor para a carne brasileira, que poderá agora chegar a mercados mais restritivos, antes inacessíveis devido à exigência de carne proveniente de animais não vacinados.
 

Já Gedeão Pereira, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou que o novo status é reflexo direto do avanço da produção pecuária no país. “É o reconhecimento de que nossa produção tem qualidade crescente. Agora, cabe a nós manter esse padrão e proteger esse status”, afirmou.
 

Com o reconhecimento, o Brasil, que já exporta carne bovina para China, Estados Unidos e União Europeia, amplia suas possibilidades comerciais, podendo acessar mercados mais exigentes e obter melhores preços.

 

 


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