O estado de São Paulo registrou na sexta-feira (13) o primeiro caso confirmado de gripe aviária em 2025. O diagnóstico foi feito pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), com resultado positivo para o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (Iaap) em uma marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor), ave silvestre migratória localizada no centro de Diadema, na Região Metropolitana.
Segundo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do estado, o caso é considerado isolado, não estando vinculado a nenhuma criação comercial de aves. Não há estabelecimentos avícolas comerciais num raio de 10 quilômetros da ocorrência, o que afasta riscos diretos à produção de carne e ovos em São Paulo. O consumo de produtos avícolas segue seguro, informou o governo estadual em nota oficial.
A marreca foi encontrada com comportamento anormal, demonstrando letargia, dificuldade de voo e sinais respiratórios e neurológicos. Amostras foram coletadas e enviadas para análise, com o caso sendo confirmado como gripe aviária após exames laboratoriais. A ave foi isolada imediatamente após a detecção dos sintomas.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento já iniciou ações de vigilância epidemiológica na região, com monitoramento de outras aves silvestres e eventuais focos de mortalidade animal. A população é orientada a não tocar em aves doentes ou mortas e a acionar imediatamente o serviço veterinário oficial em caso de suspeita da doença.
A gripe aviária é uma zoonose que pode infectar seres humanos, mas a transmissão ocorre principalmente por contato direto com aves contaminadas. A Defesa Agropecuária reforça que o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é essencial para quem lida com aves potencialmente infectadas.
Este é mais um episódio isolado registrado no Brasil, que enfrenta focos esporádicos em aves silvestres desde 2023. Autoridades sanitárias acompanham a situação de perto para evitar impactos na avicultura comercial, que é um dos pilares das exportações do agronegócio brasileiro.