Pelo segundo ano consecutivo, o desmatamento no Brasil recua. Em 2024, a redução foi de 32% na área destruída em relação ao ano anterior. Cinco dos seis biomas brasileiros apresentam números positivos e apenas a Mata Atlântica registra um discreto aumento de 2%. Especialistas consideram como o número, uma estabilização. Observo com atenção os fatores por trás dessa conquista.
Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, explica que hoje mais de 50% das áreas desmatadas recebem ações de fiscalização. Um salto impressionante em relação aos 5% registrados em 2019. Outro fato importante é que agora o sistema financeiro condiciona o crédito rural à comprovação de regularidade ambiental.
Analisando os números por biomas, constatar-se que o Pantanal teve a maior redução proporcional, enquanto o Cerrado, mesmo com queda de 41%, mantém o triste título de bioma mais devastado. A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ainda me preocupa. Concentra 75% do desmatamento do Cerrado e mais da metade do registrado em todo o país.
A ministra Marina Silva anunciar medidas para consolidar essa tendência: "Estamos fortalecendo os Corpos de Bombeiros com recursos do Fundo Amazônia e implementando planos de prevenção para todos os biomas", afirma.
Os estados, por sua vez, destacam-me suas ações locais. O Pará e o Maranhão, mesmo liderando em área desmatada, mostram reduções importantes. No entanto, os desafios continuam enormes, especialmente no Cerrado e na região do Matopiba. A queda é significativa, mas a vigilância precisa continuar.
Os números mostram que o tema é extremamente relevante. Indicam que o país realiza políticas públicas que buscam eliminar o problema e estão de acordo com as diretrizes do Acordo de Paris. Bom para o Meio Ambiente, para a qualidade de vida e para a busca de mercados exigentes para o agronegócio do país.