As importações de soja do Brasil pela China registraram forte retração em abril deste ano. Segundo dados da Administração Geral da Alfândega chinesa, foram importadas 4,6 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira no mês — uma redução de 22,2% em relação a abril de 2-024, o equivalente a cerca de 1 milhão de toneladas a menos.
O recuo foi atribuído a uma combinação de fatores: atrasos na colheita da safra brasileira, dificuldades logísticas nos portos e o prolongamento nos processos de desembaraço aduaneiro no país asiático. A China é o maior comprador mundial de soja e tem o Brasil como principal fornecedor.
Apesar da queda pontual em abril, o acumulado das importações chinesas de soja brasileira em 2025 segue em alta. De janeiro a abril, foram adquiridas 9,14 milhões de toneladas da commodity, um aumento de 42,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.
As compras chinesas de soja norte-americana também caíram em abril. Foram importadas -1,38 milhão de toneladas dos Estados Unidos, uma queda de 43,7% na comparação anual. Ainda assim, no acumulado do ano, as importações dos EUA totalizaram 12,95 milhões de toneladas, crescimento de 35,2% ante os quatro primeiros meses de 2024.
Os dados indicam que, apesar das flutuações mensais, a demanda da China por soja segue aquecida em 2025, com variações de origem conforme disponibilidade e agilidade logística dos países exportadores.
