Na coluna De Olho no Mercado desta terça-feira (20), destaque para a análise do impacto da gripe aviária no mercado da pecuária de corte. Apesar do alarde causado pelo caso no Rio Grande do Sul, o cenário atual da bovinocultura, já marcado pelo fim da safra de bois e arroba desvalorizada nas últimas semanas, mostra que é improvável que a crise aviária traga pressão adicional relevante aos preços do boi gordo. O mercado de reposição segue firme, com pouca oscilação negativa.
Mesmo que ocorra maior oferta de carne de frango no mercado interno com a normalização da cadeia avícola, o momento de baixa disponibilidade de bovinos para abate tende a manter a carne bovina em estabilidade. Rumores sobre uma possível aceitação da regionalização por parte da China — restringindo a suspensão de embarques de frango apenas ao RS — alimentam otimismo no setor, cenário já praticado por países como o Japão.
Internamente, o mercado de gado de reposição segue fortalecido e sem recuos significativos. Já para o boi gordo, a pressão continua, mesmo com o endurecimento na ponta vendedora por parte dos pecuaristas. A indústria, por sua vez, mantém uma atuação estratégica dentro do contexto típico de maio, sem espaço para reversão de tendência no curto prazo.
Fechando a análise, as exportações de carne bovina continuam em ritmo acelerado, com 123 mil toneladas embarcadas em 11 dias úteis de maio e média diária de 11,18 mil toneladas — alta de 10,8% em relação a 2024. O valor médio por tonelada também se destaca, chegando a US$ 5.115,86, crescimento de 13,6% sobre o mesmo mês do ano passado.
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