Fazendeiros familiares norte-americanos, reunidos na National Farmers Union (NFU), segundo maior grupo de produtores rurais dos Estados Unidos, iniciaram uma guerra aberta contra o agronegócio naquele país.
Os agricultores norte-americanos promovem uma campanha contra o que eles chamam de “efeitos negativos da consolidação da agroindústria sobre fazendas familiares e cidades rurais”. A campanha inclui relações públicas e lobby (que é permitido junto ao Congresso) para “reprimir o comportamento monopolista do setor”, informa o site de economia MoneyTimes. Querem melhores preços e mais transparência para mercados consolidados.
Um dos maiores objetos dos fazendeiros é a pecuária. Eles acusam as grandes empresas de comprar a preços baixos de pequenos produtores que não tem opção e obter grandes lucros no varejo.
Eles cobram o governo do presidente Joe Biden. Durante uma entrevista coletiva, o presidente da NFU, Rob Larew disse que “temos um presidente que está comprometido em assumir o desafio de lutar contra a consolidação na agricultura”.
O discurso de Larew não está longe da posição da Casa Branca que atribuiu recentemente os preços mais altos da carne à “falta de competição”. Uma ordem executiva de Biden ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manda cumprir melhor uma lei centenária que regula a competição da indústria de carne.
Outro gesto que indica a propensão de maior interferência no setor vem do Departamento de Estado. Ele conduz uma investigação contra a acusação de os grupos Koch Foods e Pilgrim’s Pride por suposto aumento de preços na carne. O procurador-geral democrata de Minnesota Keith Ellison participou do evento. Da ação, resultou várias acusações contra as empresas.
O MoneyTimes escreve que “o North American Meat Institute, que representa os frigoríficos que controlam 95% do processamento de carne dos EUA, nega que a concentração dos frigoríficos esteja relacionada ao aumento dos preços da carne”.
Da Redação.