Mercado de soja brasileiro enfrenta volatilidade com preços mistos e negociações lentas

Cotações oscilam entre altas e quedas regionais enquanto incertezas em Chicago e câmbio travam comercialização

- Da Redação, com Canal Rural
19/05/2025 09h32 - Atualizado há 1 semana
Mercado de soja brasileiro enfrenta volatilidade com preços mistos e negociações lentas
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja registrou um dia de instabilidade nesta sexta-feira (16/05), com preços apresentando comportamento misto nas diferentes regiões produtoras e ritmo lento de negociações. A volatilidade observada nos contratos futuros da Bolsa de Chicago (CBOT) e as flutuações cambiais influenciaram diretamente o comportamento dos agentes de mercado, que adotaram postura cautelosa. 

Nas principais praças produtoras, as cotações apresentaram movimentos divergentes. No Rio Grande do Sul, os preços subiram em Passo Fundo (de R$ 127 para R$ 130), Santa Rosa (de R$ 128 para R$ 131) e Rio Grande (de R$ 132 para R$ 135). No Paraná, Paranaguá registrou alta (de R$ 132 para R$ 134),  enquanto Cascavel apresentou queda (de R$ 126 para R$ 125). Em Mato Grosso, Rondonópolis subiu de R$ 114 para R$ 115, e em Goiás, Rio Verde avançou de R$ 114 para R$ 116. Dourados (MS) manteve estabilidade em R$ 118. 

Em Chicago, os contratos futuros encerraram o dia com desempenho misto, refletindo a incerteza sobre o futuro mandato de biocombustíveis nos Estados Unidos. O contrato julho/2025 recuou 1,25 centavo de dólar (0,11%), fechando a US$ 10,50 por bushel, enquanto a posição novembro/2025 registrou leve alta de 0,25 centavo (0,02%), cotada a US$ 10,35 ½ por bushel. Nos subprodutos, o farelo para julho caiu US$ 4,50 (1,51%), a US$ 291,90 por tonelada, e o óleo recuou 0,39 centavo (0,79%), fechando a 48,93 centavos de dólar por libra-peso. 

O câmbio contribuiu para o cenário de cautela, com o dólar comercial encerrando a sessão com queda de 0,19%, cotado a R$ 5,6685 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,6612 (mínima) e R$ 5,7137 (máxima), acumulando valorização de 0,25% na semana. 

Segundo analistas, o mercado segue atento aos desdobramentos da política de biocombustíveis nos EUA, especialmente após rumores de que a meta de volume de diesel renovável para 2026 poderá ficar abaixo dos 5,25 bilhões de galões inicialmente propostos.

 A expectativa é que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) divulgue em breve sua proposta para as futuras metas de mistura, o que deve trazer maior clareza ao mercado. No Brasil, a comercialização ficou restrita a lotes pontuais, com foco principal na liberação de armazéns para receber a safrinha de milho. 

 

 


 


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