O mercado de carne suína apresentou quedas localizadas nos preços nesta semana, tanto no animal vivo quanto nos cortes atacadistas. De acordo com Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o cenário reflete a postura cautelosa das indústrias, que antecipam dificuldades no escoamento durante a segunda quinzena do mês. "O consumo final enfrenta restrições devido à menor capitalização das famílias", explicou o especialista.
Apesar do recuo nos preços domésticos – com o quilo vivo caindo de R$ 7,81 para R$ 7,80 e o pernil de R$ 14,29 para R$ 14,23 no atacado –, o setor mantém otimismo. O bom ritmo das exportações, que renderam US$ 88,5 milhões em maio (alta de 47,6% na média diária frente a 2024), ajuda a equilibrar o mercado.
Além disso, a queda nos preços do milho, componente-chave dos custos de produção, alivia as margens dos produtores. Entre as regiões, os movimentos foram heterogêneos: enquanto Santa Catarina registrou leve recuo (de R$ 8,20 para R$ 8,15 no quilo livre), o Paraná viu alta de R$ 8,25 para R$ 8,30. Estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais mantiveram estabilidade.
O desempenho exportador, com preço médio de US$ 2.551,8 por tonelada (+11,3% ante 2024), segue como principal âncora para o setor, compensando as incertezas no mercado interno.