A valorização do café arábica na Bolsa de Nova York tem sido puxada pela preocupação com a quebra da safra brasileira da variedade, segundo análise de Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria. Na segunda-feira (05), os contratos futuros do grão fecharam em alta, refletindo a expectativa de menor oferta global.
De acordo com Bonfá, embora as chuvas registradas em abril tenham favorecido a maturação dos grãos em algumas regiões produtoras do Brasil, a produtividade da safra 2025 continua abaixo do ideal. A escassez de café arábica tem sido o principal fator por trás dos preços mais firmes no mercado internacional.
Os dados do fechamento da bolsa nova-iorquina mostram uma valorização expressiva: alta de 355 pontos no contrato de maio/25, cotado a 398,95 cents por libra-peso; ganho de 285 pontos em julho/25 (388,25 cents/lbp); elevação de 310 pontos em setembro/25 (381,80 cents/lbp); e aumento de 330 pontos em dezembro/25 (373,45 cents/lbp).
A oferta do café conilon/robusta brasileiro também deve influenciar os preços nos próximos meses, servindo como uma base de sustentação até a entrada da colheita do arábica.
No mercado interno, os produtores demonstram cautela nas vendas, mesmo com a proximidade da nova safra. A tendência é de negociações mais seletivas, já que boa parte dos cafeicultores segue capitalizada. No pregão desta segunda-feira, o Café Arábica Tipo 6 teve desempenho misto: queda de 5,43% no Rio Grande do Sul (R$ 2.440/saca), baixa de 0,75% em Franca/SP (R$ 2.650), mas alta de 1,59% em Guaxupé/MG (R$ 2.554) e de 0,37% em Poços de Caldas/MG (R$ 2.680).
Já o tipo Cereja Descascado apresentou altas em Guaxupé/MG (1,54%, R$ 2.645) e em Campos Gerais/MG (1,53%, R$ 2.660).
Enquanto isso, a Bolsa de Londres não operou nesta segunda devido ao feriado bancário conhecido como "Early May Bank Holiday", devendo retomar as atividades nesta terça-feira (06).
Da Redação, com Notícias Agrícolas
