Mercado do gado pronto firme no Brasil com altas pontuais

Fabiano Reis
23/04/2025 14h23 - Atualizado há 2 dias
Mercado do gado pronto firme no Brasil com altas pontuais
Foto: reprodução

O mercado da pecuária de corte saiu bem do final de semana de cinco dias de abril, que encerrou a Semana Santa e contou com o dia de Tiradentes. Em especial, nas negociações do gado pronto, a terça-feira encerrou com estabilidade de preços e a semana abre oportunidades de ganhos, com a redução dos dias de escala de abates. Também, podemos estender ao consumo maior e baixa nos estoques do mercado atacadista de carne paulista.

Há destaques nas negociações em algumas praças brasileiras que estão com a escala em torno de seis dias, como é o caso das de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e interior paulista. O caso do primeiro estado citado, chama atenção por ter tido valores em diversos momentos acima dos da praça de referência e, também, no MS, onde os valores, em alguns municípios, igualaram com São Paulo.

Um fato importante, que não posso deixar de considerar, são algumas conversas com agrônomos que tenho tido em relação ao pasto, manejo e chuvas. A correlação entre os elementos e a intensidade das últimas precipitações no centro-sul do Brasil, trazem, de acordo com as fontes, um cenário de provável maior disposição de pastagens em junho e julho, se o produtor estiver exercendo um bom manejo com a cultura da pastagem. Este fator é relevante, pois pode mudar, adiar ou exercer até uma espécie de gestão na chamada “fim da safra de bois”.

Sinalizamos por aqui que, mesmo com o final do mês, a demanda doméstica é firme no Brasil. Já a demanda externa é crescente e deve bater recorde em abril de 2025. De acordo com os dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior, as exportações em 13 dias úteis ou três semanas, totalizou 159,32 mil toneladas, com uma média diária de 12,25 mil toneladas, um número 29,8% do que a média do mesmo mês ano passado.

No ano passado os embarques totalizaram 207,94 mil toneladas e, restando sete dias úteis a serem computados, a estimativa matemática é alcançar 245 mil toneladas em abril/25. Mês que conta também com elevação de 10,2% no preço da tonelada da carne bovina embarcada, alcançando na média atual US$ 4.990.

 

 


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