Preços da soja têm dia estável, com leves altas pontuais no Brasil

Mercado segue cauteloso diante de incertezas globais; Chicago sobe com clima e sinalizações da China

- Da Redação, com Cana Rural
17/04/2025 09h02 - Atualizado há 2 dias
Preços da soja têm dia estável, com leves altas pontuais no Brasil
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja encerrou a quarta-feira (16) sem grandes movimentações, com os preços operando de forma mista. Em meio a um cenário de incertezas no comércio internacional e variações cambiais, as cotações permaneceram estáveis em muitas praças, enquanto algumas regiões registraram leves altas. A Bolsa de Chicago também apontou um pequeno avanço, influenciada por fatores climáticos e políticos.
 

Segundo Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, mesmo com os preços ainda considerados atrativos, os vendedores têm mostrado mais resistência. "O produtor está mais cauteloso, atento ao conflito comercial. Depois de aproveitar boas janelas de venda recentemente, agora prefere esperar por uma firmeza maior nas cotações", explica.

Nas principais praças do Brasil, os preços oscilaram pouco. Passo Fundo e Cascavel mantiveram os valores anteriores, enquanto no Porto de Rio Grande houve recuo de R$ 1,50. Por outro lado, cidades do Centro-Oeste, como Rondonópolis, Dourados e Rio Verde, apresentaram altas de até R$ 1 por saca.

Em Passo Fundo e Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, as cotações permaneceram em R$ 132 e R$ 133 por saca, respectivamente. Já no Porto de Rio Grande, houve queda de R$ 1,50, com o preço passando de R$ 139,50 para R$ 138. No Paraná, Cascavel e o Porto de Paranaguá mantiveram os valores em R$ 131 e R$ 137. No Centro-Oeste, o dia foi de leve alta: Rondonópolis (MT) e Rio Verde (GO) subiram R$ 1, alcançando R$ 119, mesma valorização registrada em Dourados (MS), que chegou a R$ 123 por saca.
 

No mercado internacional, os contratos futuros da soja em grão negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta. O recuo do dólar frente a outras moedas favoreceu a competitividade dos produtos dos Estados Unidos no exterior. Além disso, rumores de que a China estaria disposta a negociar tarifas com o governo Trump, somados ao excesso de chuvas no cinturão produtor americano — que tem atrasado o plantio —, contribuíram para o otimismo dos investidores.
 

Ainda assim, o avanço nas cotações encontra limitações. A ampla safra sul-americana, aliada à fraca demanda da China pela soja dos EUA, freia movimentos mais expressivos de valorização, mesmo com o bom desempenho do farelo e do óleo nos mercados de subprodutos.
 

No câmbio, o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,8662 para venda. A oscilação da moeda americana, que variou entre R$ 5,8518 e R$ 5,9158 ao longo do dia, também influenciou o ritmo do mercado agrícola, trazendo algum alívio para os importadores e impactando os preços internos da soja.

 

 


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