O mercado de feijão teve uma semana de ritmo mais lento, com queda nos preços em quase todas as praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No caso do feijão carioca, o avanço da colheita em algumas regiões e a postura mais cautelosa da indústria pesaram sobre os valores.
Apesar da oferta ainda restrita dos grãos de melhor qualidade, a maior disponibilidade de feijão de qualidade inferior e a necessidade dos produtores de liquidar seus lotes resultaram em uma queda nos preços.
De acordo com o Cepea, os produtores, especialmente os que possuem lotes armazenados em câmaras frias, tentaram segurar suas ofertas de venda, mas a pressão para vender os grãos de qualidade inferior acabou prevalecendo nas negociações. Isso, combinado com o ritmo mais acelerado da colheita, contribuiu para uma maior oferta de feijão no mercado e impactou as cotações.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que, até 5 de abril, 77,1% da área da primeira safra de feijão 2024/25 havia sido colhida no Brasil, o que sugere que a maior parte da produção já está no mercado. O quadro de maior oferta de feijão, aliado ao comportamento cauteloso da indústria, segue pressionando os preços para baixo.
.jpg)
