O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro encerrou 2024 com crescimento de 1,81% em relação ao ano anterior, alcançando o expressivo valor de R$ 2,72 trilhões. Os dados, divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), revelam que o setor manteve sua importância estratégica na economia nacional, representando 23,2% do PIB total do país.
O desempenho positivo do agronegócio foi impulsionado principalmente pelo ramo pecuário, que avançou 12,48% no ano, com destaque para os segmentos de agrosserviços e agroindústria, que cresceram 16,79% e 16,78%, respectivamente. O setor primário da pecuária também apresentou alta de 6,55%, enquanto o segmento de insumos teve leve crescimento de 1,23%.
Na contramão, o ramo agrícola registrou retração de 2,19% em 2024. A queda foi generalizada entre os seus segmentos, com destaque para os insumos (-6,97%) e o setor primário (-3,54%). A agroindústria agrícola recuou 0,44%, e os agrosserviços, 1,86%.
Apesar da retração na agricultura, o resultado do quarto trimestre foi decisivo para a virada positiva no fechamento do ano. Entre outubro e dezembro, o PIB do agronegócio cresceu 4,48%, revertendo o comportamento negativo observado nos primeiros nove meses do ano. No período, todos os segmentos do setor apresentaram alta: os insumos cresceram 3,17%, o setor primário teve avanço de 4,33%, a agroindústria subiu 3,72% e os agrosserviços lideraram com 5,16%.
Mais uma vez, o ramo pecuário foi o grande destaque do trimestre, com crescimento de 10,71%. Os agrosserviços do setor aumentaram 12,15%, seguidos pelo setor primário (11,07%) e pela agroindústria (10,18%). O ramo agrícola também teve desempenho positivo no trimestre, com expansão de 2,02% em todos os elos da cadeia produtiva.
Com esse resultado, o PIB do agronegócio se aproximou da previsão divulgada pela CNA em dezembro, que projetava uma alta de até 2% no ano. A recuperação nos últimos meses de 2024 mostra a resiliência do setor, mesmo diante dos desafios enfrentados ao longo do ano, e reforça a importância do agronegócio para a retomada do crescimento econômico brasileiro.
