09/09/2021 às 17h26min - Atualizada em 10/09/2021 às 10h42min

Após se reunirem com Bolsonaro, caminhoneiros tentam Pacheco

Representantes dos caminhoneiros disseram que a desmobilização e a suspensão das paralisações nas rodovias dependem do avanço da pauta anti-STF. A declaração foi dada no encontro que aconteceu na tarde desta quinta (9), com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), representantes do governo e deputado bolsonaristas. Por parte do grupo, estiveram presentes Francisco Dalmora Burgadt – conhecido como “Chicão caminhoneiro”, e Cleomar Araujo.

Após o encontro, Burgardt deu uma declaração dizendo que os bloqueios nas estradas não cessarão até que eles sejam recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

"A gente está aqui representando um segmento da sociedade brasileira. A gente estabeleceu uma pauta de entrega de um documento ao senador Rodrigo Pacheco. E até o momento não obtivemos êxito nisso. Permanecemos no aguardo de ser recebido pelo mesmo", disse Burgadt em declaração à imprensa.

Tanto Burgadt quanto Araújo negaram que Bolsonaro tenha pedido o fim das ações em rodovias e na Esplanada dos Ministérios.  Boletim mais recente divulgado pelo Ministério da Infraestrutura regista atos em rodovias de 13 Estados, mas não há interdições.

Na madrugada desta quinta (9) o presidente da República teria enviado um áudio aos caminhoneiros pedindo o desbloqueio das rodovias para não atrapalhar a economia. O áudio foi divulgado pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas.

"Fala para os caminhoneiros aí que [eles] são nossos aliados, mas esses bloqueios aí atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, artigo, prejudica todo o mundo, em especial os mais pobres. Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade ", disse Bolsonaro, em áudio.

Questionado sobre qual é a pauta do grupo, Burgadt disse não poder adiantar as reivindicações, mas confirmou que preço dos combustíveis não está entre as reivindicações.

"Eu não posso adiantar aos senhores quais são as reivindicações", afirmou. "Não temos nada com relação a preço do combustível neste momento. Nós estamos mobilizados pelos direitos de liberdade, direitos de expressão, direito de manifestação. O povo brasileiro infelizmente está sendo impedido de se posicionar em muitas questões e nós precisamos que isso mude, que a Constituição seja respeitada de forma integral."

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Da Redação (com informações do Valor Econômico e portal UOL)

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