O mercado físico do boi gordo registrou nova valorização nos preços no fechamento da última sexta-feira (28). O movimento foi novamente impulsionado pela oferta reduzida de animais e pela forte demanda.
Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate seguem curtas, variando entre cinco e sete dias úteis na média nacional. A dificuldade em encontrar lotes prontos para o abate tem levado frigoríficos a elevarem suas ofertas para garantir o fornecimento.
Outro fator que impulsiona o preço da arroba é a expectativa de aumento nos valores da carne no atacado. A entrada dos salários na economia e o tradicional consumo elevado do período de Páscoa contribuem para um cenário positivo no curto prazo.
"O encurtamento das escalas de abate tem levado os frigoríficos a operar com estoques mais enxutos, tornando-os mais agressivos nas compras de gado", explica Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado.
O setor pecuário também se beneficia do forte desempenho das exportações brasileiras de carne bovina. O país segue em ritmo acelerado para registrar um novo recorde de embarques, reforçando a demanda pelos animais e sustentando os preços no mercado interno.
Dessa maneira, a arroba do boi gordo fechou a semana precificada a R$ 319,17 em São Paulo, enquanto Goiás e Minas Gerais registrou valor de R$ 300,88. O Mato Grosso do Sul ficou em R$ 308,98 e Mato Grosso em R$ 307,70.
No atacado, os preços da carne bovina permaneceram estáveis nesta sexta-feira, mas a tendência ainda é de alta com a proximidade da Páscoa. O quarto traseiro segue cotado a R$ 25,50/kg, enquanto o quarto dianteiro e a ponta de agulha são negociados a R$ 18,50/kg e R$ 17,50/kg, respectivamente.
