Mercado de milho tem estoques baixos e preços em alta

Safrinha não será suficiente para recompor oferta nacional, e volatilidade deve seguir impactando o setor

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
31/03/2025 08h26 - Atualizado há 1 dia
Mercado de milho tem estoques baixos e preços em alta
Foto: reprodução

A produção da segunda safra de milho no Brasil preocupa o mercado, que enfrenta estoques baixos e preços em alta. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma colheita de 95,5 milhões de toneladas, um crescimento de 5,8% em relação à safra anterior. No entanto, a oferta segue pressionada, com quedas de área plantada em estados como Goiás (-5,97%), Mato Grosso do Sul (-2,54%) e Paraná (-0,20%).

Embora algumas regiões apresentem boas condições climáticas, como Tapurah (MT), onde as chuvas favorecem o desenvolvimento das lavouras, outras enfrentam dificuldades. Em Minas Gerais e São Paulo, o plantio tardio e a estiagem comprometem a produtividade. No Paraná, segundo maior produtor do país, a falta de chuvas e o calor intenso afetam as lavouras, podendo gerar perdas significativas.

Com a safra ainda em desenvolvimento e uma demanda interna aquecida, os preços do milho seguem valorizados. No Mato Grosso, maior produtor nacional, a escassez do cereal já elevou as cotações para R$ 90,00 a R$ 93,00 por saca. O mercado também observa um desequilíbrio entre os preços físicos e futuros, refletindo incertezas quanto à recomposição dos estoques.

A chegada da safrinha, prevista para maio, deve aliviar parcialmente a pressão sobre a oferta, mas não será suficiente para recompor os estoques a níveis confortáveis. Especialistas apontam que a demanda por milho segue elevada, impulsionada pelo setor de etanol e pela produção de proteína animal, o que deve manter os preços firmes nos próximos meses. Além disso, o mercado futuro indica uma recuperação gradual dos valores, sugerindo um cenário de continuidade na valorização do grão.

 


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