Mercado do boi gordo tem semana com expectativa de estabilidade para os negócios, com redução na oferta de fêmeas para o abate, que reflete diretamente na pressão sobre o valor da arroba do boi gordo e também no mercado atacadista de carne, com menor oferta de fêmea casada. Nas duas outras pontas da cadeia produtiva, considerando mercados doméstico e externo, temos uma demanda interna arrefecida nos últimos dias de março e a parcial de exportações com apontamento de 12,5 mil toneladas por dia, já garantindo embarques até a terceira semana de 163,2 mil toneladas. No cenário internacional, se aproxima cada vez mais a possibilidade de embarcar carne bovina para o Japão.
Os preços do gado gordo têm sido pressionados nas últimas semanas, pontualmente, com propostas menores da indústria frigorífica ou mesmo a ausência na ponta compradora. Fator relevante para o mercado, está no setor industrial não possuir, na média, muitos dias garantidos de atividade fabril, por outro lado, a oferta de fêmeas desequilibra a precificação a favor do frigorífico.
Sobre a questão das fêmeas, ainda que a oferta ainda esteja forte, houve redução. O suficiente para dar alguma estabilidade na arroba do boi gordo no mercado físico e também no mercado futuro, com as posições de novembro e dezembro com números próximos a R$ 340,00 por arroba, eventualmente, acima deste valor.
No mercado doméstico há uma clara redução na demanda na segunda quinzena, com o brasileiro com menos recursos financeiros e ressentido de um processo inflacionário que corrói sua capacidade de compra. No mercado externo, os embarques parciais de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada bateram 163,2 mil toneladas no fechamento da terceira semana de março/25, praticamente o mesmo volume de 2024 em 20 dias úteis e restando seis de atividade a serem computados, com uma média diária de 12,5 mil toneladas (+51,1%) em relação a março/24. Os preços médios pagos pela tonelada de carne bovina estão 7,8% mais altos, em US$ 4.881 mil.
Para encerrar, a visita do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro e sua equipe, tem rendido expectativas mais sólidas de exportar carne bovina para o Japão. O titular do MAPA já esteve reunido com a Japan Meat Trade Association, em Tóquio, que de acordo o ministério brasileiro, representa todos os importadores japoneses de proteínas. Fávaro também se encontrou com o ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Taku Eto, para tratar das questões sanitárias e técnicas, com o pedido de uma visita dos técnicos japoneses ao Brasil para avaliar o sistema sanitário brasileiro.