Os preços do trigo no Brasil têm apresentado uma tendência de alta desde o início de 2025, com destaque para o Paraná e o Rio Grande do Sul, onde as médias mensais atuais são as maiores desde agosto de 2024, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Este movimento de valorização do cereal é característico do primeiro semestre do ano, período em que os preços tendem a ser sustentados ou até avançar devido à redução dos estoques internos.
Os pesquisadores do Cepea explicam que, historicamente, as cotações do trigo alcançam patamares elevados no meio do ano, mas começam a ser pressionadas na segunda metade, com a chegada da nova safra. Durante os primeiros seis meses do ano, a escassez de estoque interno impulsiona os preços, enquanto na segunda metade, a maior oferta da nova produção tende a gerar um alívio nos valores.
As importações de trigo também são mais frequentes no primeiro semestre, quando a produção interna não consegue atender toda a demanda. Já nas situações em que há excedentes amplos, as exportações se intensificam, dinamizando o comércio internacional no início de cada ano.
