Carne suína ganha espaço na dieta do brasileiro

Consumo per capita cresce quase 35% na última década, aponta ABCS

- Da Redação, com CarneTec
25/03/2025 09h44 - Atualizado há 1 semana
Carne suína ganha espaço na dieta do brasileiro
Foto: Reprodução

O consumo de carne suína no Brasil tem conquistado um espaço significativo na dieta do brasileiro. De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o consumo per capita da proteína alcançou 19,52 kg por habitante em 2024. O dado, divulgado com base nos números oficiais de abates do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa um crescimento expressivo de quase 35% nos últimos dez anos — um aumento de 5,05 kg por pessoa desde 2015.

A carne suína se destaca como a proteína animal que mais ganhou espaço na alimentação nacional ao longo da última década. Segundo a ABCS, o recorde de abates registrado em 2024, com 57,86 milhões de cabeças — alta de 1,2% em relação a 2023 — reforça essa tendência. Em peso de carcaça, a produção chegou a 5,3 milhões de toneladas, um incremento de 0,3% no período.

Para calcular o consumo per capita, a entidade subtraiu o volume de carne suína in natura exportada da produção total de carcaças no ano passado e dividiu o resultado pela estimativa populacional do IBGE.

Além do mercado interno, as exportações de carne suína seguem aquecidas em 2025, com potencial para superar o recorde histórico do ano anterior. Entre os principais destinos, destacam-se mercados alternativos à China, como Filipinas, Japão e México, refletindo um movimento de diversificação dos compradores.

Apesar do cenário positivo, o setor enfrenta desafios significativos. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, destacou as dificuldades do primeiro semestre de 2025, marcadas pela oscilação dos preços da carne suína, queda das cotações em março e altos custos de produção, impulsionados principalmente pelo preço do milho e pela taxa Selic elevada.

Lopes também apontou que a disputa comercial entre Estados Unidos e China pode abrir novas oportunidades para o Brasil ampliar as exportações de carne suína. Contudo, a eventual expansão das vendas de grãos brasileiros para o mercado chinês pode pressionar ainda mais os custos de produção interna.


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