Os preços futuros do milho encerraram a sexta-feira (21) em um cenário misto na Bolsa Brasileira (B3), com cotações variando entre R$ 72,35 e R$ 79,65. No acumulado semanal, a maioria das posições registrou ganhos, impulsionadas pela rolagem de contratos e movimentos de compra no início da semana.
Enilson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, explicou que os preços permanecem firmes no curto prazo, com valores na faixa de R$ 70,00 no Mato Grosso, acima disso no Paraná e próximos de R$ 90,00 na região de Campinas (SP). Entretanto, os próximos 60 a 90 dias serão decisivos, já que as condições climáticas para o desenvolvimento da safrinha serão fundamentais para definir os rumos do mercado.
Caso a produção alcance cerca de 100 milhões de toneladas, os preços tendem a se estabilizar, com possíveis quedas pontuais durante a colheita. No entanto, problemas climáticos poderão gerar novas valorizações. A possibilidade de importações de milho, após a redução de tarifas, não é vista como um fator de grande impacto, devendo ocorrer apenas para recomposição pontual de oferta no Nordeste e Sul do país.
No mercado internacional, os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram quedas na sexta-feira, influenciados por incertezas nas exportações dos Estados Unidos e preocupações com a seca em regiões produtoras. O relatório de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), previsto para 31 de março, poderá direcionar o mercado nas próximas semanas.