Os contratos futuros de trigo na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta terça-feira (18) após um dia de grande volatilidade. Pela manhã, os preços chegaram a ampliar os ganhos registrados no dia anterior, impulsionados por um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que apontou que 48% das lavouras de trigo de inverno no Kansas, maior estado produtor do país, estavam em boas a excelentes condições. Esse índice representou uma queda em relação aos 52% da semana anterior, o que inicialmente gerou otimismo entre os investidores.
No entanto, fatores negativos começaram a pesar sobre as cotações ao longo do dia. A SovEcon, empresa de análise agrícola, informou que os preços de exportação do trigo russo caíram nos portos do país, marcando a primeira queda em quase um mês. Isso reduziu a competitividade do trigo dos Estados Unidos no mercado global, contribuindo para a pressão baixista sobre os preços.
Além disso, o mercado ficou atento ao desenrolar de uma ligação entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin. O foco estava nas possíveis negociações sobre um cessar-fogo na Ucrânia. Analistas destacaram que a resolução do conflito poderia afetar os preços dos grãos globalmente, ao aliviar as restrições de segurança e as sanções econômicas sobre as exportações de trigo da Ucrânia e da Rússia.
No fechamento do dia, os contratos de trigo com entrega em maio foram cotados a US$ 5,65 por bushel, uma queda de 3,50 centavos de dólar, ou 0,61%, em relação ao fechamento anterior. Já os contratos com entrega em julho terminaram a sessão a US$ 5,82 por bushel, um recuo de 3,00 centavos, ou 0,51%, em comparação ao preço registrado no dia anterior.