O mercado da pecuária bovina de corte tem mostrado cenários complementares com precificação mais contida e pressionado para o boi gordo, redução nos valores praticados no mercado atacadista de referência (São Paulo), que têm apresentado queda, o consumo de carne bovina doméstico ressentido do poder de compra da população e as exportações que devem ser recorde no mês de março.
É inegável que temos visto pressão na arroba do gado pronto negociado na maior parte das praças brasileiras e uma ainda presente e intensa oferta de fêmeas para abate. Contudo, as escalas de abates não contam com mais de 10 dias garantidos de trabalho fabril, mas são o suficiente para alguma tranquilidade nas ofertas de compras.
A relação é estabelecida através de uma oferta mais intensa de animais para abate, com uma presença de fêmeas que ainda surpreende, competindo com o preço do boi gordo. A oferta acaba refletindo no mercado atacadista de carne bovina, com recuos de preços regulares que têm interpretado uma boa oferta de produtos e uma demanda doméstica mais fraca, muito mais ligada a precificação do varejo e, principalmente, no poder de compra do brasileiro.
As exportações brasileiras seguem dando expectativa de recorde. Em relatório parcial apresentado pela Secretaria de Comércio Exterior, os números registram 117,4 mil toneladas até fechamento da segunda semana de março/25. Restando 10 dias úteis a serem computados e uma média diária de 14,6 mil toneladas, a expectativa é embarcar em torno de 250 mil toneladas em março.
