A produção de grãos para a safra 2024/25 foi revista pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e agora está estimada em 328,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 10,3% em relação ao ciclo anterior. O aumento de 30,6 milhões de toneladas, comparado à safra passada, é resultado de um maior número de hectares cultivados, que somam 81,6 milhões, e uma recuperação significativa na produtividade das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. Caso a estimativa se confirme, o Brasil atingirá um novo recorde na produção de grãos.
A soja, principal cultura da 1ª safra, lidera esse crescimento, com uma previsão de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% acima do registrado no ciclo anterior. Embora o início da colheita tenha sido mais lento, devido a chuvas excessivas no início do ano, a situação se estabilizou, permitindo avanços na colheita. Até o momento, 60,9% da área foi colhida, superando os índices da temporada passada.
O milho, por sua vez, também terá um aumento na produção, especialmente na 2ª safra, com uma expectativa de crescimento de 5,8% para atingir 95,5 milhões de toneladas. Esse desempenho, aliado a uma recuperação na produtividade, eleva a produção total de milho para 122,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% em relação à safra 2023/24.
O arroz também apresenta resultados positivos, com um incremento de 6,5% na área plantada, totalizando 1,7 milhão de hectares. A produtividade média aumentou em 7,3%, elevando a estimativa para 12,1 milhões de toneladas. O feijão, embora com um aumento mais modesto de 1,5%, também contribui para o crescimento geral da produção de grãos.
Além disso, o algodão tem uma projeção promissora, com expectativa de colheita de 3,82 milhões de toneladas, um recorde para o país. O aumento da área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, é apontado como fator chave para essa alta.
O cenário otimista da safra 2024/25 favorece o abastecimento interno e o fortalecimento dos estoques de passagem, especialmente no arroz. Com o aumento da produção e exportações projetadas para atingir 2 milhões de toneladas, o Brasil também recupera seus estoques do grão, o que garante a estabilidade do mercado.