Em entrevista à Globonews na tarde de segunda-feira (10), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou as medidas que o governo está adotando para reduzir os preços dos alimentos no Brasil. De acordo com o ministro, uma das prioridades do presidente Lula é garantir que os alimentos cheguem mais baratos à mesa dos brasileiros. Teixeira ressaltou que a redução de impostos e o atual cenário de câmbio mais baixo, que reduz os preços dos insumos, são fundamentais para o controle da inflação dos alimentos. Além disso, ele mencionou que a supersafra e as boas condições climáticas também devem contribuir para a queda nos preços.
O ministro afirmou que já é possível perceber uma redução nos preços nas gôndolas dos supermercados, citando como exemplo o feijão, o arroz e o tomate. “Eu tenho uma visão de que os preços já estão baixando nas gôndolas”, afirmou. No entanto, ele alertou que as quedas nos preços das carnes, que estão mais altas no momento, só devem ser vistas nas próximas duas semanas. "Os frigoríficos já diminuíram a oferta de carne para os supermercados, e esse preço vai cair dentro de 15 dias, pois os supermercados estão vendendo o estoque que compraram durante a alta”, explicou Teixeira.
Apesar da perspectiva de queda nos preços das carnes, o ministro destacou que alguns produtos ainda enfrentam dificuldades para ter uma redução significativa, como o café, os ovos e o cacau. Esses produtos continuam sendo impactados por fatores climáticos e por uma alta demanda. No caso dos ovos, Teixeira mencionou que o aumento do preço do milho, o calor excessivo e o alto consumo do produto são alguns dos fatores que contribuíram para a elevação dos preços.
Para ajudar a reduzir os preços dos ovos, o ministro sugeriu que produtores com certificado municipal ou estadual possam comercializar seus produtos em todo o país, o que facilitaria a circulação e oferta do item. Além disso, ele pediu que os bancos priorizem empréstimos para avícolas, uma vez que a produção de ovos é de curta duração e pode ser rapidamente estimulada para aumentar a oferta no mercado.
Teixeira também defendeu que os estados retirem impostos sobre os produtos da cesta básica e revelou que o governo está discutindo alternativas para ajudar a intermediar a alimentação dos trabalhadores. “Não tem uma bala de prata. O governo não vai agir de forma irresponsável para reduzir os preços dos alimentos”, concluiu o ministro.