Mercado de soja no Brasil apresenta lentidão com variações nos preços

Com poucos negócios e volumes reduzidos, preços da soja apresentam quedas e estabilidade em diversas regiões do país

- Da Redação, com Canal Rural
25/02/2025 10h26 - Atualizado há 1 mês
Mercado de soja no Brasil apresenta lentidão com variações nos preços
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja manteve-se lento na segunda-feira (24), com poucas ofertas e negócios realizados em volumes reduzidos. Na Bolsa de Chicago, as cotações registraram quedas acentuadas, enquanto o dólar apresentou leve valorização e os prêmios mantiveram-se firmes. Esse cenário resultou em um comportamento misto nos preços da soja no mercado interno.
 

De acordo com a Safras Consultoria, as indicações de preços estão relativamente boas, acima da paridade de exportação. No entanto, os vendedores continuam retendo as vendas, mantendo o spread elevado na tentativa de obter ofertas mais favoráveis. Por outro lado, a indústria não está disposta a pagar muito acima desses níveis.
 

Nos portos, o ritmo de negócios é lento, com foco na execução de contratos já firmados. As ofertas para novos negócios são limitadas, mas os prêmios permanecem firmes no curto prazo, especialmente para embarques programados para março.
 

As cotações da soja variam entre as regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço caiu de R$ 133 para R$ 131 em Passo Fundo, e de R$ 134 para R$ 132 na Região das Missões. No Paraná, o preço caiu de R$ 127 para R$ 126 em Cascavel, enquanto no Porto de Paranaguá o preço manteve-se em R$ 132. Em Mato Grosso, o preço caiu de R$ 115 para R$ 114 em Rondonópolis, e em Mato Grosso do Sul o preço manteve-se em R$ 118 em Dourados. Já em Goiás, o preço subiu de R$ 111 para R$ 112 em Rio Verde.
 

No mercado internacional, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais baixos. O avanço da colheita da maior safra da história do Brasil e a previsão de clima mais favorável na Argentina pressionaram as cotações. Além disso, a forte queda do milho também contribuiu para a retração, com os contratos futuros do milho apresentando quedas significativas, o que levou a um movimento de realização de lucros que afetou as commodities vizinhas, como a soja e o trigo.
 

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 10,50 centavos de dólar, ou 1,01%, a US$ 10,29 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 10,47 1/2 por bushel, perda de 9,75 centavos, ou 0,92%. Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 3,00, ou 1,01%, a US$ 291,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 45,70 centavos de dólar, com baixa de 1,11 centavo, ou 2,37%.
 

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,44%, negociado a R$ 5,7545 para venda e a R$ 5,7525 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7075 e a máxima de R$ 5,7550.

 

 

 


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