Mercado do boi gordo entrou na semana final de fevereiro pressionado, com poucos negócios e escalas industriais mais alongadas. Apesar de haver uma expectativa melhor de escoamento de carne bovina no começo do mês de março, a verdade é que o segundo mês do ano é marcado por um custo de vida maior no Brasil, fator que passa pelo custo da energia elétrica acelerado, com fim do “desconto” de Itaipu, os impactos causados pelo ICMS, em especial sobre combustíveis, entre outros elementos que mostram uma economia nacional muito fragilizada. Neste ambiente, o de consumo da carne bovina, as exportações seguem com bom volume embarcado.
O mercado nesta última segunda-feira teve negócios bem lentos, com algumas indústrias, em três ou quatro praças, que nem entraram para as compras. O que deu seguimento aos preços que refletem a maior oferta de fêmeas em abate, pressão no boi gordo e consumo interno mais frouxo no país. As escalas industriais nos estados estão entre 12 a 17 dias.
Sobre as expectativas para o próximo mês, a expectativa é de um escoamento maior de carne bovina com a combinação de período de carnaval e também a primeira quinzena. Mesmo assim, o poder de compra da população segue muito contido o que traz incertezas quanto ao consumo.
A demanda externa segue dando bons números e a parcial da terceira semana do mês, divulgado pela Secex - Secretaria de Comércio Exterior, o volume de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada alcançou 153,1 mil toneladas. O volume médio diário está em 10,2 mil toneladas, 8,6% superior a fevereiro do último ano. Entretanto, são os preços médios da tonelada da carne bovina estão em US$ 4.932 mil, alta anual de 9%.