O mercado brasileiro de soja registrou poucas mudanças nesta quinta-feira (20), mas manteve os preços elevados devido à forte demanda da indústria. As cotações seguem acima da paridade de exportação, com um spread variando entre R$ 4 e R$ 5, dependendo da região. Nos portos, a atividade foi escassa, mas os valores permaneceram firmes.
No Brasil, os preços apresentaram pequenas variações positivas. Em Passo Fundo (RS), o valor subiu para R$ 130,50, enquanto na Região das Missões (RS) atingiu R$ 131,50. No Porto de Rio Grande (RS), a cotação avançou para R$ 133,50.
Em Cascavel (PR), o preço valorizou e chegou a R$ 125. No Porto de Paranaguá (PR), a soja foi negociada a R$ 132. Em Rondonópolis (MT), os preços subiram para R$ 115. Dourados (MS) também registrou alta, com a cotação atingindo R$ 118. Já em Rio Verde (GO), o valor permaneceu estável em R$ 111.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam em alta, impulsionados pelas declarações de Donald Trump sobre novas negociações comerciais com a China.
O mercado também acompanha atentamente a situação das lavouras argentinas, que podem ser impactadas pelo clima quente e seco previsto para os próximos dias, o que pode afetar a produtividade e limitar a oferta global da oleaginosa. Além disso, a menor aversão ao risco favoreceu as commodities agrícolas, com o petróleo em alta e o dólar em queda.
Os contratos futuros da soja para março encerraram o dia cotados a US$ 10,45 1/2 por bushel, com alta de 13,75 centavos de dólar, o que representa um avanço de 1,33%. A posição de maio registrou um aumento de 14,75 centavos, atingindo US$ 10,63 por bushel, uma valorização de 1,40%.
No mercado de subprodutos, o farelo de soja para março subiu para US$ 296,00 por tonelada, enquanto o óleo de soja encerrou o dia cotado a 47,26 centavos de dólar, com valorização de 2,07%.
O dólar comercial fechou em queda de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,7043 para venda e R$ 5,7023 para compra. Durante a sessão, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 5,6859 e a máxima de R$ 5,7164.
O mercado segue atento ao Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), programado para os dias 27 e 28 de fevereiro. O evento trará os primeiros sinais sobre o plantio da próxima safra americana.
Há especulação de que uma possível expansão da área destinada ao milho pode resultar na redução da plantação de soja nos Estados Unidos.