O custo de produção de frangos de corte registrou nova alta em janeiro, enquanto o de suínos voltou a subir após uma queda observada em dezembro. Segundo dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa, o principal fator que impulsionou o aumento foi o encarecimento da ração, componente essencial na composição dos custos do setor.
No caso dos frangos de corte, o custo de produção no Paraná teve uma alta de 0,5% em relação a dezembro, alcançando R$ 4,81 por quilo. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice teve um aumento expressivo de 9,77%, chegando a 372,49 pontos. A ração, que representa 67,8% dos custos, subiu 1,4% no mês e acumula uma alta de 8,9% no último ano.
O índice de custo de produção de frango (ICPFrango) segue em alta mensal ininterrupta desde agosto de 2024, pressionando os produtores que já enfrentam desafios com os preços dos insumos.
Para a suinocultura, o cenário também foi de elevação nos custos. Em Santa Catarina, maior estado produtor, o custo de produção de suínos teve aumento de 2,2% em janeiro, após a queda registrada no mês anterior, atingindo R$ 6,34 por quilo. No acumulado de 12 meses, o índice (ICPSuíno) subiu 7,39%, alcançando 362,93 pontos.
A ração, principal componente do custo na suinocultura, representou 72,8% do índice e teve aumento de 1,3% no mês, acumulando alta de 5,9% no último ano.
A Cias também anunciou alterações nos coeficientes técnicos utilizados para calcular os custos de produção de suínos no Paraná e no Rio Grande do Sul. As mudanças foram discutidas em reuniões realizadas em 2024 com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) e a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).
“As principais alterações decorreram da mudança na formulação das rações, da separação dos custos com transporte de ração dos custos com alimentação animal (ração) e dos custos com insumos veterinários”, informou a Cias em nota.