Os preços do café arábica seguem em patamares históricos ao longo de fevereiro, renovando recordes reais da série do Cepea, iniciada em novembro de 1996. No dia 12, o Indicador CEPEA/ESALQ para o arábica tipo 6, bebida dura para melhor, atingiu R$ 2.769,45 por saca de 60 kg, o maior valor real já registrado.
Nos dias seguintes, houve pequenas oscilações, mas as cotações permaneceram próximas de R$ 2.700 por saca. Apenas em 2025, o indicador já acumulou alta superior a R$ 500 por saca.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a sustentação da alta nos preços ocorre devido aos estoques reduzidos tanto no Brasil quanto no mercado internacional. Além disso, a safra 2025/26 deve apresentar uma produção modesta, o que mantém a preocupação com a oferta. Mesmo com os preços elevados, a demanda segue aquecida, reforçando o cenário de valorização.
No campo, as lavouras de arábica estão entrando na fase final de desenvolvimento da safra. No entanto, o forte calor e a redução das chuvas nesta semana acendem o alerta entre os produtores, que temem impactos na qualidade e produtividade do grão.
