O mercado brasileiro de milho teve negócios limitados na quinta-feira (6), com consumidores cautelosos à espera de maiores volumes de oferta com o avanço da colheita. De acordo com a consultoria Safras & Mercados, o foco do lado dos produtores segue na produção da soja, reduzindo o interesse na venda do cereal e restringindo a comercialização.
No cenário externo, a Bolsa de Mercadorias de Chicago tenta recuperar as perdas da última sessão, enquanto o mercado aguarda os dados das vendas líquidas semanais dos Estados Unidos.
Assim, o mercado doméstico de milho começou a demonstrar mudanças regionais. Em São Paulo, a oferta se retraiu, com consumidores cada vez mais ativos na busca pelo grão. No oeste do Paraná, as cotações se mantêm na maior parte do estado, com sinais de melhora na oferta.
Já no Rio Grande do Sul, os compradores locais aguardam o avanço da colheita do milho verão, enquanto as negociações nos portos continuam ocorrendo, segundo o analista Fernando Henrique Iglesias.
Nos portos, as cotações variaram entre R$ 78 e R$ 80 por saca em Santos e Paranaguá. No mercado interno, os preços oscilaram conforme a região: no Paraná, ficaram entre R$ 70 e R$ 72 por saca em Cascavel; em São Paulo, variaram de R$ 76 a R$ 78 na Mogiana; em Campinas CIF, registraram entre R$ 80 e R$ 71.
No Rio Grande do Sul, o milho foi negociado entre R$ 71 e R$ 73 em Erechim. Já em Minas Gerais, Uberlândia apresentou preços entre R$ 69 e R$ 70. Em Goiás, as cotações variaram de R$ 66 a R$ 68 em Rio Verde (CIF), enquanto em Rondonópolis, Mato Grosso, o milho foi comercializado entre R$ 65 e R$ 66 por saca.
