Mais Arrobas melhorando a produtividade do rotacionado
João Menezes
29/01/2025 09h31 - Atualizado há 1 dia
Foto João Menezes
O pastejo rotacionado é um método de manejo de pastagens que respeita a fisiologia das plantas, promovendo um uso mais eficiente dos recursos forrageiros. Embora essa técnica traga diversos benefícios, muitos produtores enfrentam dificuldades em sua implementação, especialmente no que diz respeito ao momento ideal para introduzir e retirar os animais das áreas de pastejo, além de ajustar a taxa de lotação.
A falta de conhecimento sobre a fisiologia das forrageiras pode levar à degradação das pastagens e à diminuição da eficiência na utilização do pasto. Portanto, é crucial que os pecuaristas compreendam as exigências específicas de cada tipo de capim e façam os ajustes necessários no manejo, principalmente em relação à altura de entrada e saída dos animais. Com uma abordagem flexível e atenta, é possível aumentar a produtividade e a eficiência do sistema, resultando em melhores ganhos de peso e maior rentabilidade.
O pastejo rotacionado não apenas melhora a qualidade nutricional da forragem consumida pelos animais, mas também maximiza a produtividade por hectare. Esse sistema pode aumentar a capacidade de suporte de unidades animais por hectare (UA/ha), ao mesmo tempo em que contribui para melhora da rentabilidade da pecuária.
O primeiro passo é a eficiente divisão dos piquetes. O primeiro passo é dividir a área de pastagem em piquetes menores. Isso permite que os animais tenham acesso controlado à forragem, garantindo que cada área tenha tempo suficiente para se recuperar após o pastejo.
O monitoramento da altura do capim é fundamental. A entrada dos animais deve ocorrer quando a forragem atinge uma altura ideal, geralmente entre 70 e 80 cm para os panicuns e 30 a 50 cm para as braquiárias e a saída deve ser feita antes que o capim chegue a 30-40 cm para os panicuns e 10-30 cm para as braquiárias.
O ajuste da taxa de lotação deve ser feito com base na produção de forragem e nas necessidades nutricionais dos animais. Um manejo adequado pode resultar em um aumento significativo na produção de carne ou leite.
Embora o pastejo rotacionado ofereça várias vantagens, os pecuaristas enfrentam desafios como a necessidade de monitoramento constante das condições das pastagens, o que requer um bom planejamento, acompanhamento e treinamento da equipe (Tabela 1).
Tabela 1: Comparativo entre Pastejo Rotacionado e Pastejo Contínuo
A qualidade da forragem pode variar entre os piquetes, o que pode afetar o ganho de peso dos animais. Para mitigar isso, recomenda-se ajustes finos na altura de entrada e saída, bem como ajustes na suplementação durante períodos críticos.
O pastejo rotacionado representa uma estratégia eficaz para aumentar a produtividade na pecuária, permitindo um melhor aproveitamento das pastagens e garantindo uma alimentação mais nutritiva para os animais. Ao adotar essa técnica, os pecuaristas não apenas melhoram seus índices produtivos, mas também contribuem para a sustentabilidade ambiental da atividade. É essencial que os produtores se familiarizem com as práticas adequadas para o manejo rotacionado, como o monitoramento da altura do capim e o ajuste da taxa de lotação. Com essas medidas, será possível colher os frutos desse sistema inovador, resultando em mais arrobas por hectare e uma pecuária mais rentável e sustentável.