Janeiro clássico para a pecuária de corte em 2025

Fabiano Reis
28/01/2025 09h04 - Atualizado há 1 dia
Janeiro clássico para a pecuária de corte em 2025
Foto: Divulgação / Embrapa
Gado gordo é tema principal da coluna desta semana, a última do mês e como passou rápido. O fato é que janeiro de 2025, apesar de um começo animador, o primeiro mês do ano, restando uma semana para o final, podemos afirmar foi um “janeiro clássico” na pecuária de corte, com redução expressiva no consumo doméstico na segunda quinzena, oferta maior de carne bovino no varejo, sem mudanças no preço para o consumidor final, mercado futuro cedendo muito – sem refletir o físico. Melhor dizer o físico não refletir e, mesmo com alguns recuos em praças brasileiras, os mercados seguiram descolados.
 
Quem tem apresentado números muito positivos são as exportações que seguem firmes, recuperando o ritmo de embarques que em dezembro do ano passado, perdeu um pouco do folego com compradores chineses pressionando por preços por tonelada mais baixos e a lentidão natural da segunda parte do último mês de cada ano.
 
Os fatores citados no primeiro parágrafo, devem ficar menos densos em fevereiro, mas depende da dinâmica para escoamento e negociação da carne bovina produzida. O fato é que as referências estaduais têm apresentado algumas variações, como no Mato Grosso do Sul, com influência direta do fator estiagem, que atinge não somente a soja, mas também pastagens. Com isso, o pecuarista acaba ofertando o gado com maior frequência e a indústria tem conseguido testar preços mais baixos. Por outro lado, é possível dizer que os estados do Centro-Oeste, principalmente Goiás e Mato Grosso, têm valores próximos ao estado referência, São Paulo.
 
As exportações com bom volume e preço médio interessante na parcial de janeiro, com 17 dias de embarques, de acordo com documento publicado pela Secretaria de Comércio Exterior que apresentou 143,3 mil toneladas exportados para o período, já muito próximo de bater a marca total do primeiro mês de 2024, com 181,6 mil toneladas em 20 dias úteis. Como a média diária embarcada está em 8,4 mil toneladas, ligeiramente acima dos 8,2 mil ton por dia ano passado, a expectativa é totalizar algo em torno de 185,3 mil toneladas. O preço da tonelada exportada ficou em US$ 5.037 mil por tonelada, 11,40% acima do valor médio do último ano de US$ 4,523 mil por tonelada.
 

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