A soja brasileira apresentou valorização significativa nesta semana, com aumento nas cotações internas e externas. A alta foi impulsionada pela seca que afeta a produção na Argentina e pela postura mais conciliatória do governo Trump em relação às tarifas comerciais com a China.
No mercado interno, os preços subiram em várias praças. Em Passo Fundo (RS), a cotação foi de R$ 132 para R$ 137, enquanto em Cascavel (PR), passou de R$ 123 para R$ 128. Em Rondonópolis (MT), os preços se mantiveram estáveis em R$ 116,50, e no porto de Paranaguá (PR), a soja subiu de R$ 132 para R$ 134.
Na Bolsa de Chicago, os contratos para março acumularam alta de 1,84%, com o bushel cotado a US$ 10,53, registrando um dos maiores avanços dos últimos seis meses. A redução das estimativas de produção na Argentina para 49,6 milhões de toneladas, devido à falta de chuvas, alimentou o otimismo do mercado.
Além disso, a flexibilização de tarifas de exportação na Argentina, anunciada pelo ministro da Economia Luis Caputo, adicionou um novo elemento ao cenário global. As tarifas sobre a soja caíram de 33% para 26%, enquanto farelo e óleo de soja passaram de 31% para 24,5%.
A postura mais moderada de Donald Trump também trouxe alívio ao mercado. O novo presidente dos EUA indicou uma taxa reduzida de 10% sobre as importações chinesas e demonstrou disposição para negociar, o que reduziu as preocupações com uma possível guerra comercial. Apesar disso, a suspensão de compras chinesas de soja de cinco empresas brasileiras gerou especulações sobre uma mudança temporária de demanda para os Estados Unidos.
