Casa Civil nega intervenção nos preços de alimentos após falas de Rui Costa

Ministro da Casa Civil afirmou buscar ações para baratear produtos, mas governo corrige discurso

- Da Redação, com Notícias Agrícolas e Canal Rural
23/01/2025 10h32 - Atualizado em 23/01/2025 às 10h32
Casa Civil nega intervenção nos preços de alimentos após falas de Rui Costa
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Em resposta à repercussão da declaração do ministro Rui Costa, a Casa Civil negou nesta quarta-feira (22) que esteja considerando "intervenção de forma artificial" para reduzir os preços dos alimentos. Durante entrevista ao programa ''Bom Dia, Ministro'', o chefe da pasta afirmou que promoveria conversas com outros ministérios para buscar "um conjunto de intervenções" que barateassem os alimentos.
 
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, havia afirmado que o governo federal realizará reuniões com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda para adotar um "conjunto de intervenções" voltadas à redução dos preços dos alimentos. Costa destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já discutiu o tema com redes de supermercados, que sugeriram medidas a serem implementadas ainda no primeiro bimestre de 2025.
 
O ministro atribuiu parte da alta dos preços em 2024 a condições climáticas atípicas, mas expressou otimismo com a perspectiva de uma safra melhor neste ano, que deve ajudar a baratear os produtos. Além disso, reforçou o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal, apontando que medidas serão ajustadas para proteger a população mais vulnerável sem prejudicar as contas públicas.
 
No entanto, em nota ainda nesta quarta-feira (22), a assessoria da Casa Civil esclareceu que as discussões se limitarão à formulação de medidas em parceria com os ministérios e os produtores de alimentos. "O governo irá discutir com os ministérios e produtores as medidas que poderão ser implementadas", afirmou, destacando que nenhuma ação concreta foi definida.
 
A declaração de Rui Costa gerou questionamentos sobre o tipo de intervenção pretendida pelo governo. Em resposta, a Casa Civil revisou a fala do ministro, substituindo o termo "intervenções" por "ações" em uma publicação oficial. "Vamos fazer algumas reuniões com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda para buscar um conjunto de ações que sinalizem para o barateamento dos alimentos", informou a nota divulgada após a entrevista.
 
A pressão por medidas contra a alta nos preços dos alimentos ocorre em meio à inflação persistente do setor, que marcou 2024 e deve continuar em 2025. Durante uma reunião ministerial na última segunda-feira (20), o presidente Lula cobrou soluções imediatas dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

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