O mercado brasileiro de soja enfrentou um dia de estagnação na quarta-feira (22), marcado pela retração dos negócios devido à queda expressiva do dólar e à volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A combinação desses fatores pressionou as cotações internas, levando a ajustes nos preços em várias regiões do país, especialmente para a safra nova.
Entre as praças monitoradas, algumas apresentaram quedas significativas. Em Cascavel (PR), o preço caiu de R$ 127 para R$ 125, enquanto no Porto de Paranaguá (PR) houve um recuo de R$ 135 para R$ 132. Em Rondonópolis (MT), a cotação passou de R$ 120 para R$ 116, e em Rio Verde (GO), houve redução de R$ 121 para R$ 116. Por outro lado, preços em locais como Passo Fundo (RS) e Dourados (MS) permaneceram estáveis, em R$ 137 e R$ 117, respectivamente.
Mercado Internacional
Na CBOT, os contratos futuros da soja encerraram o dia em queda, em meio a um movimento de realização de lucros após ganhos expressivos no pregão anterior. A posição março registrou baixa de 11,25 centavos de dólar, ou 1,05%, sendo negociada a US$ 10,56 por bushel. A posição maio caiu 0,88%, fechando a US$ 10,68 1/4 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo de soja com entrega em março teve alta de US$ 4,80 por tonelada, alcançando US$ 315,80, enquanto o óleo de soja registrou queda de 2,94%, sendo cotado a 44,42 centavos de dólar por libra-peso.
O mercado também reagiu à especulação sobre tarifas que o governo dos Estados Unidos poderia impor à China, União Europeia e Rússia, o que impactaria as exportações de soja. No Brasil, a recente suspensão de compras chinesas de cinco empresas brasileiras devido a problemas fitossanitários limitou as quedas nos preços. Na Argentina, preocupações com o clima seguem em destaque, também influenciando os movimentos de Chicago.
A desvalorização do dólar foi outro elemento de pressão no mercado interno. A moeda norte-americana encerrou a sessão com queda de 1,40%, sendo negociada a R$ 5,9465 para venda e R$ 5,9445 para compra. Durante o dia, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 5,9157 e a máxima de R$ 6,0202, refletindo um cenário de maior instabilidade econômica.