Preços da soja sobem no Brasil impulsionados por Chicago e clima na Argentina

Alta nas cotações reflete incertezas climáticas e movimentações no mercado internacional

- Da Redação, com Canal Rural
22/01/2025 10h21 - Atualizado há 1 semana
Preços da soja sobem no Brasil impulsionados por Chicago e clima na Argentina
Foto: reprodução

O mercado brasileiro de soja registrou uma terça-feira (21) de preços em alta, impulsionados por fatores externos como as cotações em Chicago e as condições climáticas adversas na Argentina e no sul do Brasil. No entanto, os prêmios limitaram ganhos mais expressivos no país, conforme avaliação da Safras & Mercado.

 

Os estados brasileiros acompanharam a elevação nos preços, destacando-se o Rio Grande do Sul, onde o valor da soja aumentou R$ 3 por saca em Passo Fundo e na Região das Missões, e R$ 3 no porto de Rio Grande. No Paraná, os negócios também movimentaram o mercado, com o preço em Cascavel subindo de R$ 125 para R$ 127 e no porto de Paranaguá, de R$ 134 para R$ 135.

 

Já em Mato Grosso, o preço em Rondonópolis subiu R$ 2, alcançando R$ 120. Em Dourados (MS) e Rio Verde (GO), os valores se mantiveram estáveis em R$ 117 e R$ 121, respectivamente.

 

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros de soja fecharam o dia com alta acentuada, refletindo preocupações com o clima seco na Argentina e no sul do Brasil, além do excesso de chuvas em Mato Grosso. A posição março subiu 33,25 centavos de dólar, ou 3,21%, fechando em US$ 10,67 1/4 por bushel.

 

O discurso do presidente americano Donald Trump, considerado moderado em relação às tarifas comerciais, e a desvalorização do dólar frente a outras moedas também contribuíram para a alta. Esse cenário aumentou a competitividade das exportações dos Estados Unidos.

 

A irregularidade das chuvas na Argentina e no sul do Brasil continua preocupando os mercados. De acordo com a Rural Clima, o norte da Argentina deve ter precipitações irregulares nos próximos dias, enquanto o centro e o sul enfrentam clima seco e temperaturas extremas. Uma frente fria esperada para sexta-feira (24) pode trazer algum alívio temporário, mas o retorno das chuvas está previsto apenas para o dia 28.

 

Nos subprodutos da soja, o farelo teve uma alta de 4,641%, fechando a US$ 311,00 por tonelada na posição março. O óleo de soja, por outro lado, encerrou em leve baixa, cotado a 45,77 centavos de dólar por libra-peso.

 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou o dia em queda de 0,18%, sendo negociado a R$ 6,0312 para venda. A desvalorização da moeda americana é mais um elemento que favorece as exportações brasileiras.

 

 


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