Mercado de gado magro e gordo seguem fortalecidos
Fabiano Reis
21/01/2025 08h15 - Atualizado há 3 semanas
Foto: reprodução
O mercado de reposição tem mostrado um ganho bastante interessante neste começo de 2025, com preços que têm agradado o criador, fator já visto nos primeiros leilões do ano e vendas diretas do produtor. O invernista tem procurado as aquisições, que devem contar com oferta menor, se comparado a 2024, mas com números positivos na relação de troca entre boi gordo e gado magro.
Ao olhar apenas pela lógica, a oferta de gado magro neste começo de 2025 (mais erado), assim como na parte final do último ano são oriundos de vacas inseminadas/emprenhadas em 2022. Naquele ano, de acordo com IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, contou com uma virada na pecuária brasileira, o crescimento no abate de fêmeas voltou a subir após três anos de retração, com alta de 19,1% ante o ano anterior. O volume total de 29,80 milhões de cabeças de bovinos abatidas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), alta de 7,5% frente ao ano anterior. O resultado interrompeu a série de dois anos consecutivos de retração na atividade.
Os bezerros desmamados que ganham o mercado em 2025 são frutos das fêmeas emprenhadas em 2023, um ano no qual o descarte de vacas aumentou, a alta foi, de acordo com o IBGE, de 26,6% frente ao ano anterior. Com isso, foi o maior abate desde 2013, com 34,06 milhões de cabeças (41,6% fêmeas). O cenário mostra por si só uma redução de oferta de gado magro que vai seguir pelos próximos semestres.
Na esteira das ocorrências de 2022 e 2023, somado a uma demanda internacional por carne bovina expressiva, a expectativa, generalizada é de alta para arroba do gado pronto, do boi magro e também do bezerro (ainda meio de lado) no decorrer do ano.
Para a semana, pouca coisa muda. A expectativa é de elevação nos mercados já citados, principalmente, de gado gordo as elevações devem seguir mesmo em uma segunda quinzena de mês em um primeiro mês do ano.