Preços da soja em queda no Brasil com impacto de Chicago e prêmios negativos

Cotações recuam em diversas praças; previsão de chuva na Argentina e dólar em alta contribuem para cenário baixista

- Da Redação, com Canal Rural
17/01/2025 09h50 - Atualizado há 16 horas
Preços da soja em queda no Brasil com impacto de Chicago e prêmios negativos
Foto; reprodução

Os preços da soja registraram queda na quinta-feira (16) em todo o Brasil, influenciados pela desaceleração das exportações e pela desvalorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT). O cenário foi agravado pela ausência de prêmios e pela alta moderada do dólar, que não conseguiu compensar o viés de baixa. A retração dos vendedores, diante das condições desfavoráveis, limitou os negócios, que ocorreram de forma pontual.

 

Nas principais praças brasileiras, as cotações recuaram de forma significativa. Em Passo Fundo (RS), o preço caiu de R$ 135 para R$ 132. Nas Missões (RS), o valor passou de R$ 134 para R$ 133, enquanto no Porto de Rio Grande (RS) a queda foi de R$ 141 para R$ 138. Em Cascavel (PR), a cotação recuou de R$ 128 para R$ 123, e no Porto de Paranaguá (PR), de R$ 136 para R$ 132. Já em Rondonópolis (MT), o preço caiu de R$ 121 para R$ 116,50.

 

Na CBOT, os futuros da soja encerraram o dia em queda, impactados pela previsão de chuvas na Argentina, que trazem alívio ao estresse hídrico e reduzem preocupações com a oferta global. No Brasil, o bom desenvolvimento das lavouras também pressionou os preços no mercado internacional. Enquanto isso, exportadores norte-americanos relataram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 132 mil toneladas de soja em grãos para a China, dentro da safra 2024/25. Apesar dessa venda, as exportações líquidas da temporada totalizaram 569,1 mil toneladas na última semana, volume que, embora esperado, não reverteu a tendência de baixa.

 

O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 6,0546 para venda, com alta de 0,50%. A moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,9957 e R$ 6,0707 durante o pregão, mas a valorização cambial não foi suficiente para sustentar os preços da soja, diante da pressão vinda do mercado internacional. Com a combinação de fatores climáticos, câmbio e movimentações de mercado, os produtores seguem atentos à evolução das cotações para planejar suas negociações.


 

 


Notícias Relacionadas »