O mercado físico do boi gordo no Brasil registrou nova alta nos preços nesta sexta-feira (10), mantendo a tendência observada nos últimos dias. Segundo Fernando Henrique Iglesias, consultor da Safras & Mercado, o cenário atual ainda favorece a valorização no curto prazo, alinhado com as escalas de abate, que variam entre cinco e seis dias úteis na média nacional.
Iglesias explica que as dificuldades das indústrias em ampliar as escalas de abate estão forçando os reajustes nos preços da arroba. Além disso, o consultor destaca que as exportações de carne bovina seguem em bom ritmo no início de 2025, com potencial para que o setor registre mais um ano de recordes.
Dessa forma, os preços médios da arroba de boi gordo apresentaram leve elevação em várias regiões do Brasil. Em São Paulo, a arroba alcançou R$ 331, contra R$ 328,08 do dia anterior. Em Minas Gerais, o boi foi cotado a R$ 317,65, acima dos R$ 313,53 de quinta-feira (9). No estado de Goiás, o preço chegou a R$ 314,64, enquanto em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as cotações ficaram em R$ 321,48 e R$ 316,69, respectivamente.
No mercado atacadista, a semana terminou com preços relativamente estáveis. Contudo, o ambiente de negócios indica uma possível queda nos preços durante a segunda quinzena de janeiro. Esse período, tradicionalmente marcado por menor apelo ao consumo devido a despesas sazonais como IPTU, IPVA e material escolar, tende a direcionar os consumidores para proteínas mais acessíveis. Iglesias ressalta que, nesses casos, o consumo de carnes mais baratas tende a crescer.
Atualmente, o quilo do quarto traseiro permanece cotado a R$ 26,80, enquanto a ponta de agulha segue precificada a R$ 18 o quilo. O setor monitora de perto as variações no preço da arroba e no consumo interno, fatores que podem impactar diretamente o desempenho do mercado nas próximas semanas.
