06/01/2025 às 08h36min - Atualizada em 06/01/2025 às 08h36min

Soja nos portos brasileiros inicia 2025 com preços acima de R$ 140 a saca

Alta do dólar impulsiona mercado, apesar de pressão em Chicago; safra robusta e demanda sustentam otimismo

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: reprodução

Os preços da soja nos portos brasileiros começaram o ano de 2025 com força, superando os R$ 140 por saca em algumas posições, conforme análise de Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. Apesar da pressão nos futuros da Bolsa de Chicago e prêmios negativos em algumas posições, o câmbio favorável com a alta do dólar tem sido o principal suporte para os preços no mercado doméstico.

 

Nos primeiros dias úteis do ano, os preços da soja variaram de R$ 137 (posição maio) a R$ 146 (posição agosto) nos portos brasileiros. “O mercado está começando o ano em condições muito melhores do que no ano passado, quando os preços estavam abaixo de R$ 130 nos portos e até abaixo de R$ 100 no interior”, destacou Brandalizze.

 

Atualmente, os preços no interior do Brasil estão entre R$ 105 e R$ 110 por saca, uma melhora de R$ 12 a R$ 15 em relação ao mesmo período de 2024. “Com a valorização do dólar e o custo já consolidado em reais, os produtores estão em uma posição mais confortável para aproveitar o mercado”, explicou o consultor.

 

Demanda e safra

 

A demanda crescente pela safra brasileira, estimada em mais de 170 milhões de toneladas, também favorece o cenário. Cerca de 60 milhões de toneladas já foram comercializadas, com a venda adiantada em relação ao ano passado. Brandalizze recomenda cautela aos produtores, sugerindo evitar vendas agressivas nos períodos de pico de oferta, especialmente em um ano com previsões de gargalos logísticos no Brasil.

 

Enquanto isso, os futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam a sexta-feira com baixas agressivas entre 18,50 e 21,25 pontos. O contrato de janeiro encerrou a US$ 9,81 por bushel, e o de maio, a US$ 10,03. As quedas refletem ajustes após recentes altas e expectativas de melhora nas condições climáticas na Argentina.

 

A safra recorde no Brasil e as incertezas geopolíticas, especialmente envolvendo as relações comerciais dos EUA e China sob o governo Trump II, que assume em 20 de janeiro, também pesam sobre os fundamentos do mercado internacional.



 

 


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