O setor avícola do Paraná manteve seu ritmo de expansão em 2024, impulsionado por uma sólida produção e pela valorização do dólar, que favoreceu as exportações. Cerca de 9 mil produtores operaram em 14 mil aviários espalhados pelo estado, alcançando uma média de produção anual de 4 milhões de toneladas de carne de frango. Com isso, o estado ganhou destaque nacional e internacional, reforçando sua importância no mercado global.
Os principais destinos das exportações foram China, Estados Unidos, México e Argentina, que ampliaram as compras da proteína brasileira. Para atender à crescente demanda, o Paraná adicionou quatro novas plantas exclusivas para produção de frango às 14 já existentes, fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva.
Apesar do desempenho positivo, o setor enfrentou desafios pontuais. O criador Cae Maia, de São João do Caiuá, destacou que 2024 foi menos turbulento que 2023, quando problemas sanitários e altos custos de produção pressionaram os avicultores. “Os custos de produção, como o aquecimento, permaneceram estáveis, e tivemos algum reajuste na remuneração do frango. Foi um ano mais tranquilo em comparação ao anterior”, afirmou.
No entanto, custos com diesel, gasolina, energia elétrica e cama-de-frango para adubo apresentaram os aumentos mais expressivos, segundo a Federação da Agricultura do Paraná. Maia reforça que, embora o cenário tenha sido mais estável, a manutenção das operações ainda exige atenção redobrada.
