Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago atingiram o nível mais baixo em quatro anos, na última quarta-feira (18), com o mercado sendo impactado pela expectativa de uma safra recorde no Brasil e pela queda nos preços do óleo de soja. O contrato mais ativo da soja recuou 25 centavos, fechando a US$ 9,5175 por bushel, um valor próximo ao registrado em setembro de 2020.
A pressão sobre a soja foi exacerbada pela queda no mercado de óleo de soja, após a divulgação de que uma proposta de lei de gastos do governo dos EUA não incluiria suporte ao biodiesel, o que afetou negativamente as perspectivas para o produto. Além disso, o fortalecimento do dólar também contribuiu para a desvalorização dos futuros de grãos nos EUA.
No Brasil, que é o maior produtor e exportador de soja do mundo, chuvas regulares estão favorecendo uma safra recorde, estimada em 171,5 milhões de toneladas métricas, o que intensifica as expectativas de uma oferta abundante. Essa perspectiva, junto à queda nos preços do óleo de soja, gerou uma pressão adicional no mercado, com os traders realizando vendas técnicas, o que acentuou ainda mais a queda.
O milho seguiu a tendência da soja, fechando com queda de 6,25 centavos, enquanto o trigo também recuou devido às boas colheitas na Austrália e na Argentina.