18/12/2024 às 09h56min - Atualizada em 18/12/2024 às 09h56min
Semana de poucos negócios para o boi gordo e pressão de preços
Fabiano Reis
Foto: Divulgação / Embrapa Com um cenário de escalas mais alongadas, preços mais pressionados, especialmente, nesta última terça-feira, somado ao condicionamento melhor do pecuarista em segurar animais na fazenda, mostrando pouco interesse da ponta compradora, há uma espécie de paradeira geral no mercado da pecuária bovina de corte.
Com as condições explícitas, fica claro o cenário de um restante de 2024 “off” no setor, afinal estamos a 13 dias da virada do ano. Uma questão tem ficado evidente em dezembro, quando a arroba do boi gordo “testou” a baixa, depois de forte alta acumulada em novembro e ela gera impacto no principal consumidor de carne bovina brasileira: o próprio brasileiro.
Os preços seguem, praticamente, sem alterações para o consumidor final, com o setor varejista e atacadista consumindo os estoques das câmaras frigoríficas pelo país, o que não gera uma demanda maior por abate. Afinal, estamos consumindo carne de animais abatidos em outubro e novembro, vale checar as etiquetas de carne embalada e as escalas de abate fechadas até a primeira semana de janeiro ainda está longe de inserir este produto no mercado.
No varejo, salvo algumas promoções especiais, o preço final será mais firme para o consumidor final brasileiro, que vai pagar mais caro. E com o dólar no preço que está, algumas opções como de pescado importado e outras carnes, o cenário é bem inflacionado para as festas de final de ano no Brasil.
As exportações de carne bovina devem registrar o pior mês de embarques, parte por motivos já escritos em nossa coluna nas duas edições anteriores. O fato é que temos um embarque médio diário 14,3% inferior ao registrado no último ano, com a marca de 89,3 mil toneladas de carne bovina exportada no fechamento da segunda semana de dezembro.
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