O setor de esmagamento de soja no Brasil está prestes a receber um impulso significativo, com investimentos projetados em R$ 11,3 bilhões entre 2025 e 2027, segundo levantamento do Itaú BBA. O estudo mapeou 13 novos projetos que irão adicionar 37 mil toneladas por dia à capacidade instalada de esmagamento de soja, elevando a produção do país de 59,8 milhões de toneladas em 2024 para 72,1 milhões de toneladas em 2027.
A expansão da capacidade, impulsionada tanto por novas plantas quanto por expansões das unidades existentes, reflete uma tendência de crescimento contínuo no uso de biodiesel, especialmente com a nova legislação do "Combustível do Futuro". O aumento na demanda por biodiesel deverá resultar em um aumento significativo na produção e consumo de óleo de soja, com a expectativa de um crescimento de 34% na demanda pelo óleo até 2027.
Além disso, o Mato Grosso, principal estado produtor, deve se beneficiar com um aumento de 9,9 milhões de toneladas no excedente exportável, enquanto outros estados, como Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, devem registrar quedas no mesmo indicador.
Esse cenário de crescimento está acompanhado por uma expectativa de aumento na produção de farelo de soja, que deverá passar de 42,5 milhões de toneladas em 2024 para 49,2 milhões de toneladas em 2027, o que pode gerar um excesso do produto no mercado interno.