Os contratos futuros do cacau registraram um salto expressivo na sexta-feira (13), atingindo um pico de sete meses e meio na Bolsa de Nova York (ICE) e acumulando um aumento de 15% na semana. O movimento é impulsionado por temores de que a recuperação da oferta nesta temporada não compense déficits acumulados em anos anteriores.
O cacau fechou em alta de 4,4%, a 11.300 dólares por tonelada métrica, aproximando-se do recorde histórico de abril, de 11.722 dólares. O clima seco na África Ocidental, principal região produtora, tem prejudicado as perspectivas de produção, enquanto a demanda segue firme, com destaque para um aumento de 1,6% no processamento na Costa do Marfim nos últimos dois meses.
No mercado de café, os futuros do arábica recuaram 0,5%, para 3,195 dólares por libra-peso, após atingir recordes nesta semana. A revisão das estimativas para a safra brasileira, menos afetada pela seca do que se previa, tem pressionado os preços. Já o robusta subiu 0,6%, com atenção voltada para as chuvas fora de época no Vietnã, que podem comprometer a colheita atrasada.
Enquanto isso, o açúcar apresentou queda, com os contratos futuros do tipo bruto recuando 0,8%, para 20,72 centavos por libra-peso, após tocar uma mínima de quase três meses. A produção brasileira superou expectativas no fim de novembro, contribuindo para a pressão nos preços.