11/12/2024 às 09h30min - Atualizada em 11/12/2024 às 09h30min
Escalas industriais quase fechadas e o aumento do confinamento em 2024
Fabiano Reis
Foto: Reprodução Com um mercado do gado pronto com valores declinados para a arroba, momentaneamente, as referências tiveram uma redução considerável, começando pelo mercado futuro e chegando ao físico pouco depois. O grande volume de carne no varejo, combinado com uma melhor formação de escala da indústria frigorífica são alguns dos elementos essenciais para o momento.
Um cenário que traz importantes balanços da movimentação da cadeia produtiva da carne bovina em relação ao comportamento de confinadores, intenção de confinamento e reordenamento para 2025. De um modo geral, é possível afirmar que nada ou quase nada mais ocorre até o final deste ano, mas é provável uma maior movimentação no comércio varejista brasileiro, tanto por maior interesse em consumo, quanto algumas promoções sendo lançadas pelas redes supermercadistas.
A indústria baixou bastante a agressividade nas compras, começou nas duas últimas semanas de novembro e ficou bastante evidente nos dados de exportação para a primeira semana de dezembro. Em artigo publicado há 15 dias eu citava a pressão de compradores chineses por valores mais baixos pela tonelada, buscando até repactuação de contratos. Com este cenário, devemos ter no último mês de 2024 o primeiro revês do ano, com dezembro com uma média diária embarcada de 8,7 mil toneladas, recuo de 17,4%, somando 43,033 mil toneladas, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior.
Para encerrar o artigo, a Scot Consultoria, trouxe dados preliminares para o Confina Brasil, importante documento da pecuária brasileira, que será lançado no próximo dia 12. Entre os dados já públicos, a pesquisa trouxe crescimento de 17,9% na intenção de confinamento comparado a 2023. Há uma projeção relevante no documento, que mostra a expectativa de 7,37 milhões de cabeças confinadas em 2024, alta de 6,5% em relação ao último ano.