09/12/2024 às 09h51min - Atualizada em 09/12/2024 às 09h51min

Preços mundiais de alimentos atingem máxima de 19 meses em novembro, diz ONU

Aumento dos preços dos óleos vegetais impulsiona alta no índice de preços global, enquanto cereais e açúcar apresentam queda

- Da Redação, com Canal do Boi
Foto: reprodução

Os preços mundiais de alimentos atingiram seu nível mais alto em 19 meses, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O índice de preços de alimentos da ONU subiu para 127,5 pontos em novembro, comparado aos 126,9 pontos de outubro, um aumento de 5,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Este aumento é principalmente atribuído ao aumento nos preços dos óleos vegetais, que tiveram alta de 7,5% em relação ao mês anterior e 32% em comparação com o ano passado.

 

O óleo de palma, essencial para a produção de óleos vegetais, viu sua produção ser afetada por chuvas excessivas no Sudeste Asiático, o que causou uma escassez que impactou os preços. Além disso, a demanda global por óleo de soja aumentou, contribuindo para a elevação dos preços, enquanto os óleos de canola e girassol também registraram alta.

 

Embora os preços dos óleos vegetais tenham subido, outros índices de preços de alimentos apresentaram quedas. Os preços dos cereais caíram 2,7% em novembro, impulsionados pela diminuição dos preços do trigo e do arroz. Já o preço do açúcar recuou 2,4%, à medida que a Índia e a Tailândia iniciaram a colheita da cana-de-açúcar, e as perspectivas da safra brasileira se estabilizaram.

 

Além disso, a FAO revisou sua previsão de produção global de cereais em 2024, reduzindo de 2,848 bilhões para 2,841 bilhões de toneladas métricas, uma queda de 0,6% em relação ao ano passado. Apesar dessa redução, a produção ainda se manterá como a segunda maior já registrada. A utilização mundial de cereais deve aumentar 0,6% para 2,859 bilhões de toneladas no período 2024/25.

 

Apesar da queda nos preços de alguns alimentos, a FAO prevê que a relação entre os estoques e a utilização de cereais diminuirá ligeiramente de 30,8% para 30,1% até o final da temporada de 2025. Mesmo assim, o nível de oferta global de cereais ainda é considerado confortável.

 

 


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